FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

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Conheça a trajetória de Júlia Guimarães Sanches, a engenheira que sonha e luta por uma Poli mais inclusiva

São José do Rio Preto é onde começa a história da engenheira que sonha com uma Poli mais justa e inclusiva. Julia Guimarães Sanches estudou em escolas públicas durante toda a vida. Em 2014, chegou em terras politécnicas para cursar engenharia de Minas. O começo não foi dos mais fáceis, o Biênio rendeu algumas reprovações no boletim de Julia. Desanimada, ela sentia que havia sido pouco preparada, achou que a engenharia não era para ela. 

Na época, começou a desenvolver uma iniciação científica, e a relação com seu orientador e outros professores do Departamento e a facilidade que tinha nas disciplinas específicas de engenharia de minas reacenderam o seu entusiasmo com a pesquisa. Ela percebeu que ser pesquisadora era mesmo o que ela queria. “Me dei conta de que colocar a engenharia em prática, estudar soluções mais completas, rápidas, inovadoras e economicamente viáveis- sempre baseada na pesquisa científica – era o que eu ansiava fazer e que eu precisava lutar por isso”.

E ela lutou. E luta até hoje. Já na graduação, Julia integrou a gestão do centro acadêmico, fez parte de coletivos de grupos minorizados, organizou semanas acadêmicas, foi monitora de disciplina e em feira de profissões da USP e participou do esporte universitário. Viveu e vive intensamente a Universidade. Fez tudo isso com o objetivo de “construir um ambiente mais justo e inclusivo”.

Atualmente, ela assume a ocupação de representante discente da Comissão de pós-graduação e da, Comissão de Inclusão e Pertencimento na Poli e do Conselho de Inclusão e Pertencimento na USP, além de ser membra do Grupo de Apoio às Ações Afirmatdefinivas da Pró-Reitoria de Pós-graduação. Nestas posições, encontrou uma forma de se posicionar, e teve contato com diversas oportunidades.

“Diante do certo negacionismo na ciência que aconteceu em nosso País e a desvalorização da minha profissão, decidi me engajar de forma a defender os pós-graduandos e a carreira de pesquisador, e a forma que eu encontrei foi na representação discente. Além disso, me sinto estimulada a me tornar uma pesquisadora melhor, e as oportunidades nacionais e internacionais aumentaram”. 

Ao longo de quase uma década, a Poli se tornou a sua segunda casa. Aqui, ela terminou sua graduação em engenharia de Minas, fez seu mestrado em engenharia mineral e iniciou seu doutorado, e é pesquisadora no Laboratório de Tratamento de Minérios e Resíduos Industriais (LTM).

Quando não está nos laboratórios e na sala de aula como estudante, ela é professora. Dá aula em um cursinho popular fora da USP. Também joga uma modalidade de futebol americano, O Flag Football, cuida de sua casa, do cachorro e do hamster e adora assistir séries. “Não me sobra muito tempo livre, mas com certeza é por amar bastante a minha carreira e tudo mais que ela me traz, além de lutar para que as próximas gerações sofram menos os impactos dos preconceitos estruturais que ainda nos rodeiam.

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