Dez estudantes de graduação da Poli trabalharam voluntariamente como monitores em curso para funcionários da USP
Dez alunos da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) receberam hoje (17/08) seus certificados pelo trabalho de monitoria no Projeto Inclusão Digital 2015, que desenvolve o curso de “Introdução ao Uso do Computador” para funcionários de todas as unidades da USP. Os certificados foram entregues pelo diretor da Poli, José Roberto Castilho Piqueira, e pelo professor do Departamento de Engenharia Mecatrônica e de Sistemas Mecânicos da Poli, Diolino José dos Santos Filho. A iniciativa é coordenada pelo professor do Departamento de Engenharia Mecânica, Antonio Luis de Campos Mariani, e apoiada pelo programa Poli Cidadã, pelo PET-Mecatrônica e pela Comissão do Biênio da Poli.
“É uma enorme satisfação dirigir uma Escola que tem alunos como vocês”, parabenizou o diretor. Piqueira lembrou que a Poli foi fundada por um grupo de republicanos abolicionistas, convictos de que a Escola deveria ser um ente condutor do desenvolvimento científico-tecnológico do País. “Vocês representam as pessoas daquela época. Vocês estão produzindo, melhorando, difundido o conhecimento entre a sociedade, e vão construir um País do qual poderemos nos orgulhar”, prosseguiu.
O professor Santos Filho destacou que a iniciativa dos alunos corresponde aos valores que a Poli procura transmitir na formação do corpo discente. “Estamos sempre à disposição para apoiar nossos estudantes em projetos como esse, que se alinham ao atendimento de demandas sociais e de políticas públicas, uma das metas estabelecidas pelo PET-Mecatrônica e que refletem as metas gerais da Poli”, apontou.
O curso de “Introdução ao Uso do Computador” foi aplicado a duas turmas formadas por funcionários da USP, grande parte de empresas terceirizadas. Os alunos monitores e outros que participam dando suporte técnico trabalham de forma voluntária no projeto. Vinte funcionários participaram da edição de 2015. Os participantes recebem apostilas com os conteúdos, elaboradas pelos alunos monitores, e aprendem desde o mais básico, como ligar o computador, até a navegação na Internet, o uso do Facebook e de e-mail.
Segundo Mariani, além dessa iniciativa, outros programas de inclusão merecem destaque. Cerca de 120 alunos da Poli e quase 500 estudantes do ensino médio público estão envolvidos em iniciativas da Escola Politécnica que apoiam o aprimoramento da formação dos jovens na rede pública de ensino, como, por exemplo, os projetos Matemática em Movimento; Kali; e Potência. “Nossos alunos estão promovendo mudanças. Queremos que os estudantes na Poli enxerguem, desenvolvam e empreguem suas habilidades para resolver problemas e ajudar a sociedade, especialmente aqueles grupos mais carentes”, destacou.
Outras iniciativas nesse campo são a oferta, pelo Poli Cidadã, de duas disciplinas na graduação, Tecnologia e Desenvolvimento Social I e II, na qual os estudantes podem realizar projetos que envolvam responsabilidade social. A Poli mantém, ainda, parcerias com o Anglo e o Etapa. No primeiro caso, o cursinho preparatório para vestibular oferece, gratuitamente, material para o Cursinho da Poli, focado em estudantes de baixa renda da rede pública de ensino que estão se preparando para o vestibular. O Anglo, em parceria com a Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia (FDTE), oferece com a Poli um curso semiextensivo para 70 alunos da Zona Leste de São Paulo.
Piqueira encerrou a cerimônia de entrega dos certificados colocando a Diretoria da Poli à disposição dos alunos que queiram executar projetos de inclusão social e digital. “Se tiverem iniciativas nesse campo, nos apresente. Temos diversos parceiros para ajudar na execução”, concluiu.