FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

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Engenharia Ambiental: o curso multifacetado da Poli

Uma das áreas mais interdisciplinares da Escola Politécnica, a formação em Engenharia Ambiental reúne conhecimentos e competências de diversas áreas para trabalhar em prol da preservação dos recursos naturais e da garantia de um futuro sustentável. Coordenado pelo departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental (PHA) da Poli, o curso forma profissionais multifacetados, prontos para trabalhar ativamente nos três principais pilares da área: avaliação de impactos gerados pelas diferentes atividades humanas sobre o meio ambiente; redução, mitigação, atenuação e compensação desses impactos; e regulação das ações humanas de modo a controlar os impactos ambientais.  

A engenharia ambiental como área surgiu em meados da década de 1970, como resultado da demanda crescente da sociedade por um profissional que atuasse em frentes como sustentabilidade, conservação de recursos naturais, preservação dos biomas do planeta, o que hoje inclui a qualidade de vida na cidade e o próprio desenvolvimento humano. 

Além de ter a formação fundamental de engenharia, que inclui uma base forte em matemática, física, computação e na parte de materiais, o curso de engenharia ambiental passa por vários temas de outras engenharias. Na Poli, quase todos os 15 departamentos participam com disciplinas da graduação, contribuindo para uma formação transversal do engenheiro ambiental. Outros institutos da USP ainda interagem com a Ambiental, como o Departamento de Ciências Atmosféricas do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG), a Faculdade de Saúde Pública (FSP) e de Ciências Farmacêuticas (FCF), o Instituto de Química, o de Oceanografia e outros.  

A estrutura do curso funciona de forma similar à oferecida nos outros cursos da Poli, com os dois primeiros anos focados na formação básica e os anos seguintes se aproximando da área de especialização. No caso da Ambiental, os alunos começam a ter mais contato com disciplinas específicas ao final do segundo ano da graduação. Principalmente no terceiro e no quarto ano, são introduzidas disciplinas de geologia, meteorologia, saneamento básico — a base para lidar com os problemas ambientais, como por exemplo a questão do controle da poluição e a mitigação da pressão das atividades humanas sob o meio ambiente. 

Acesse aqui a grade curricular do curso de Engenharia Ambiental da Escola Politécnica da USP.

Em resumo, três coisas são ensinadas no curso de engenharia ambiental: controle da poluição, gestão de problemas ambientais e desenvolvimento de tecnologias ambientais.

No quinto ano de curso, o futuro engenheiro ambiental tem a chance de se aprofundar em uma área de sua preferência. Na Poli, são oferecidas especializações voltadas para o empreendedorismo, nas quais o engenheiro ambiental pode orientar empreendimentos de acordo com os princípios mais modernos e aceitos internacionalmente de sustentabilidade; para o controle, que compete aos órgãos ambientais que regulam questões como o licenciamento de empreendimentos e o acompanhamento da sustentabilidade; e nas organizações não governamentais, que promovem ações no sentido de aprimorar o conceito de sustentabilidade. 

(Imagem: Freepik)

Outras possibilidades também são oferecidas ao aluno de Engenharia Ambiental da Poli no seu quinto ano. Módulos de aprofundamento em temas como Indústria Sustentável, Gestão Ambiental e Cidades Inteligentes, de modo a diversificar o currículo e aprofundar o conhecimento dos futuros profissionais. Além disso, existe a possibilidade de o estudante iniciar o seu mestrado acadêmico ainda na graduação, trocando seu quinto ano de formação de engenheiro pelo primeiro ano de mestrado. Assim, ao concluir o quinto ano, o aluno recebe seu diploma de Engenheiro Ambiental da Poli e, com mais um ano, ele também pode concluir o seu mestrado acadêmico.

A coordenação do curso enfatiza a multiplicidade de abordagens da Engenharia Ambiental na Escola Politécnica. “O engenheiro ambiental da Poli é realmente um engenheiro polivalente. Durante a formação, ele vai se relacionar com de outras áreas, não só engenharia. Então, ele acaba tendo uma visão abrangente de todos os conteúdos científicos que são oferecidos na USP, inclusive a área de humanidades. Quando você compara os cursos tradicionais com a Engenharia Ambiental, você vê que é um curso que sai do padrão da formação”, conclui.

Na pós-graduação, são oferecidas especializações um pouco mais específicas, como engenharia sanitária, tratamento de água, de esgoto, a questão de transporte e mitigação de impactos ambientais sobre o solo e a água, por exemplo. Além disso, existem especialidades que estão dentro do programa da engenharia civil e são voltados para a área ambiental, assim como da engenharia química. Pensando na USP como um todo, existem oportunidades na área no programa de Ciências Ambientais, que abrange várias unidades e fica sediado no Instituto de Energia e Ambiente (IEE). 

Fonte: Prof. O Dr.  José Rodolfo Scarati Martins — acesse seu currículo lattes aqui. 

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