FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

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Os diretores da Poli-USP e da ISITEC debateram diversos aspectos, peculiaridades e necessidades do ensino da engenharia

O Grêmio Politécnico iniciou a 3ª Semana de Politizados nesta segunda-feira, dia 25, com um debate sobre o tema Ensino de Engenharia no Brasil. Participaram de uma mesa redonda o diretor da Escola Politécnica da USP, prof. José Roberto Castilho Piqueira, e o diretor de graduação do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (ISITEC), José Marques Póvoa. A programação do evento está disponível no link.

O Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (ISITEC) é uma instituição de ensino que começou a oferecer, neste ano, o primeiro curso de graduação em Engenharia de Inovação no Brasil, mantida pelo Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (Seesp), com apoio da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) e seus sindicatos afiliados. Segundo Póvoa, a filosofia do ISITEC é educar para inovação, e o Instituto pretende superar o título de instituição de ensino superior, para o conceito de instituição de aprendizado superior. “Não queremos alunos, queremos estudantes. Aqueles que querem aprender”. Ainda segundo Póvoa, para buscar inovação é preciso profissionais capacitados, e para isso não é necessário que o engenheiro seja generalista ou especialista, mas sim multiespecialista, ou seja, capacitado para continuar aprendendo. Para isso, a instituição utiliza métodos de aprendizagem colaborativa.

Em sua fala, o diretor da Escola Politécnica da USP, prof. José Roberto Castilho Piqueira, comentou a importância da engenharia para solucionar os grandes desafios da humanidade, pontuando que a melhoria da qualidade de vida oferecida para boa parte da população foi proporcionada por avanços da engenharia, como saneamento básico, por exemplo. “A engenharia hoje é muito mais geral e muito mais profunda. Como o saber é muito mais amplo, exige muito maior amplitude e foco”. Segundo o professor, Engenharia hoje é elaborar um conceito, um ideia, com todo o conhecimento que foi aprendido. “Conceito a gente tem que ter, os cálculos o computador faz, hoje. Mas não se iluda, não dá pra usar o software sem saber computação. Aprender computação é muito diferente de aprender uma linguagem (de programação) específica. Aprender computação é aprender como o computador opera, e como a linguagem faz a sua comunicação com ele. O conceito está acima dos cálculos”.

Os professores ainda debateram com os presentes  a formatação das grades curriculares e o tempo dedicado a estudo, projetos e pesquisas. Os debates da 3ª Semana de Politizados estão sendo gravados e serão disponibilizados em vídeo em breve no canal do Grêmio Politécnico no Youtube. A programação do evento está disponível no link.

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