FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

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Projeto foi premiado pela EnerSolar+Brasil.

O Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEE-USP), com participação da Escola Politécnica (Poli-USP) e das empresas Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP) e Cesp, implantou quatro estações de energia solar fotovoltaicas, integradas ao sistema de abastecimento de energia elétrica, que possibilita gerar aproximadamente 500 kW de energia por dia no campus da USP, no bairro do Butantã, em São Paulo. Essa capacidade equivale a 2,5% da demanda de energia da Universidade.

Por sua contribuição no avanço do conhecimento, o projeto conquistou o 1º Premio Inovação e Tecnologia Brasil Solar, promovido pela EnerSolar+Brasil – Feira Internacional de Tecnologias para Energia Solar, com apoio da RBS Magazine – Revista Brasileira de Energia Solar, do Portal Brasil Solar, da Associação Brasileira de Energias Alternativas e Meio Ambiente (Abeama) e da Fiera Milano. Ficou em primeiro lugar na categoria “Melhor Projeto Acadêmico de 2015”.

A coordenação do projeto ficou a cargo do professor Roberto Zilles, do IEE. À equipe da Poli coube estudar o comportamento e características do consumo, as melhores formas para disponibilizar a energia, trabalhar com previsão de demanda e consumo, entre outros elementos. Na USP, os pesquisadores puderam fazer a pesquisa em escala real. “Por sua dimensão e diversidade de atividades, a USP é um laboratório natural, já que tem hospital, biblioteca, escola, clínica veterinária, clube poliesportivo, como uma minicidade”, explica o professor Marco Antonio Saidel, do Departamento de Engenharia de Energia e Automação Elétricas da Poli.

Uma estação do sistema está instalada no teto da Biblioteca Brasiliana. As outras três estão operando na área do IEE dentro no campus: uma em solo; uma na cobertura do estacionamento; e outra no telhado. “Um sistema em escala real permite que os alunos tomem contato com situações concretas de produção”, afirma.

Saidel explica que, no projeto, pretende-se pesquisar diferentes arranjos de conexão (a interconexão à rede elétrica, ou seja, como ligar o sistema solar fotovoltaico à rede elétrica já existente) para um estudo aprofundado das características e propriedades do sistema. “Estamos procurando, nessa pesquisa, identificar a melhor maneira de aproveitar a geração solar fotovoltaica de acordo com o perfil de consumo brasileiro”, afirma. “O projeto de implantação, em si, foi concluído. Agora estamos na fase de acompanhamento, avaliação e monitoramento dos resultados”, finaliza.

O projeto, que tem o apoio da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), é resultado de uma iniciativa antiga dos pesquisadores da USP. “Por um tempo, a USP foi a única universidade do Brasil com unidades de geração de energia solar fotovoltaica registradas na Aneel, algo que fizemos em meados da década de 2000. Essas duas primeiras estações foram importantes para começar a trilhar o caminho que nos levou a ter essas outras quatro unidades e desenvolver o novo projeto”, disse Saidel, que também foi coordenador do Programa Permanente Para Uso Eficiente de Energia na USP entre 1997 até março de 2015. 

 

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