FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

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No dia 26 de junho, foram assinados os contratos das sete novas unidades credenciadas pela Embrapii, das quais três são de projetos da USP; Poli-USP participa da inicitiva por meio da Engenharia Química.

Uma solenidade realizada no Salão de Atos, no prédio da Reitoria, no dia 26 de junho, marcou a assinatura dos contratos das sete novas unidades credenciadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa de Inovação Industrial (Embrapii), das quais três são de projetos da USP.

As unidades da USP selecionadas estão ligadas à Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq), ao Instituto de Física de São Carlos (IFSC) e à Escola Politécnica (Poli). No total, as novas unidades poderão receber até R$ 177 milhões para seus planos de ação. A chamada pública foi lançada em setembro de 2016 e a seleção, entre as 85 propostas recebidas, foi realizada pelo Conselho de Administração da Empresa.

Embrapii é uma organização social que mantém contrato de gestão com o Ministério da Ciência Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e o Ministério da Educação (MEC). Atua por meio da cooperação com instituições de pesquisa científica e tecnológica, públicas ou privadas, tendo como foco as demandas empresariais e como alvo o compartilhamento de risco na fase pré-competitiva da inovação.

As unidades selecionadas estão credenciadas a receber recursos financeiros para prospectar e executar projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação em parceria com empresas industriais. Para isso, devem ter um plano de ação para seis anos de operação, incluindo metas a serem atingidas quanto ao número de projetos e valores estimados.

A Esalq atuará na área de biocontroladores de pragas agrícolas e o IFSC apresentará projetos em biofotônica e instrumentação, ligados ao desenvolvimento de equipamentos médicos para tratamento por meio de luzes e micro-ondas terapêuticas. Já a Poli, por meio do Departamento de Engenharia Química, irá oferecer às empresas sua expertise na recuperação de rejeitos industriais por meio do desenvolvimento de substâncias químicas sustentáveis, a chamada química verde.

Setor produtivo

“A Embrapii veio estimular ainda mais a interação dos grupos acadêmicos com a indústria. O modelo é bastante distinto de outros que existem no mundo todo, porque pré-selecionamos aqueles grupos de pesquisa que estão qualificados e capacitados, que já têm infraestrutura e alguma experiência em trabalhar em projetos com empresas, para aumentar essa capacidade de interação. O modelo foca no projeto da indústria, o que tem dado resultados bastante interessantes”, destacou o diretor-presidente da Embrapii, Jorge Almeida Guimarães, na abertura da cerimônia.

Segundo Guimarães, atualmente, a Embrapii tem 35 unidades credenciadas e a expectativa é que esse número chegue a 42 até o final deste ano.

O reitor da USP, Marco Antonio Zago, ressaltou a importância da relação da Universidade com o setor produtivo e a inovação. “Esta é a Universidade retomando uma de suas principais missões, que remonta à sua origem, que é a de atender às necessidades da sociedade. A Universidade justifica sua presença na sociedade por oferecer educação superior de qualidade e promover o desenvolvimento científico e tecnológico do país”, considerou.

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Gilberto Kassab, que também participou da solenidade, ressaltou a importância da Embrapii como vetor nacional de inovação e desenvolvimento tecnológico das empresas. “Esse projeto é emblemático. Mostra o quanto é importante acreditar na parceria da inovação com a academia, e o quanto é importante essa parceria ser apoiada pelo poder público. É em projetos como a Embrapii que identificamos as oportunidades e consolidamos os projetos, apresentando as perspectivas de um novo Brasil”, afirmou Kassab.

Além da USP, as outras unidades credenciadas pela Embrapii foram o Centro de Química Medicinal de Inovação Aberta da Unicamp; o Centro Suíço de Eletrônica e Microtécnica, localizado em Minas Gerais; o Instituto Senai de Joinville; e o Instituto de Desenvolvimento Tecnológico de Manaus.

(Adriana Cruz | Jornal da USP)

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