FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

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Palestra na Poli-USP teve como tema os estudos de próteses e o uso em pacientes

A Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) recebeu, entre os dias 10 e 14 de dezembro, a semana de imersão do Programa de Integração dos Estudantes de Engenharia da USP (PIE²), etapa em que os futuros engenheiros passam 5 dias recebendo treinamentos orientações para desenvolver um projeto inovador.

Uma das palestras, aberta ao público, teve como tema “New perspectives of sensory-motor 

restoration and neurological recovery for patients with complete paraplegia”. O palestrante foi o doutor Solaiman Shokur, coordenador sênior de pesquisa clínica na Associação Alberto Santos Dumont para Apoio à Pesquisa (AASDAP). Ele é experiente na área de bioengenharia, sobre o qual mostrou parte do seu trabalho, principalmente no que tange sua atuação com pacientes.

Durante sua palestra, o doutor detalhou alguns casos dos quais fez parte no Projeto Andar de  Novo, promovido pelo laboratório do neurocientista Miguel Nicolelis. O Projeto foi responsável pela emocionante cena da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, em que por meio de um exoesqueleto robótico, uma pessoa paraplégica conseguiu dar o chute inicial do campeonato.

Shokur apontou que as pesquisas atuais neste nicho avançam no sentido da realidade virtual e do exoesqueleto para transformar a questão da mobilidade. Os pontos principais do trabalho de engenharia quanto às próteses está também além de criar e melhorar o produto, como pensar em meios para tornar esta tecnologia mais acessível, alcançando um número de pessoas cada vez maior. De igual modo, a funcionalidade depende da proximidade de quem cria com quem utiliza, o engenheiro hoje, segundo Shokur, não vive mais apenas no laboratório, ele precisa estar em contato com os pacientes para não desenvolver produtos que ao fim sejam inutilizáveis para as pessoas. Esta área não consegue mais avançar sem o contato direto com a Medicina.

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