FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

O Partido Liberal (PL), do presidente Jair Bolsonaro, ingressou com uma ação nesta terça-feira (22/11) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo a invalidação de 59,18% dos votos do segundo turno das eleições presidenciais.

Segundo a ação movida pelo PL, o principal problema detectado pela consultoria contratada pelo partido foi o fato de que as urnas cujos modelos anteriores a 2020 não gerariam arquivos de log que permitam saber, pelo nome do arquivo, a qual urna ele se refere.

“Arquivo log” é um arquivo de texto que contém uma espécie de “biografia” da urna. Ele informa, por exemplo, dados sobre quantas vezes ela foi ligada, desligada e em que momento os programas foram inseridos. Esse arquivo é considerado importante porque qualquer tentativa de acesso irregular à urna ficaria registrado nele.

Segundo a petição do PL, as urnas fabricadas antes de 2020 não estariam gerando arquivos log com um nome individualizado e, por isso, não seria possível relacionar um arquivo log específico a uma determinada urna.

“É como se, em vez de cada urna diferente dizer seu nome no arquivo de log, todas elas dissessem o nome ‘Enzo’. Porém, elas ainda assim dizem seu RG e CPF, que permitem a sua identificação”, explica Marcos Simplício, professor de Engenharia de Computação da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP). Ele é pesquisador nas áreas de cybersegurança e criptografia, e vice-coordenador do convênio USP-TSE que analisa a segurança do sistema de votação brasileiro.

Leia a notícia no site da BBC Brasil.

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